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Fernando Lopes-Graça
Data de Produção Inicial:
1906-12-17
Data de Produção Final:
1994-11-27
Nível de Descrição:
Fundo
Nome do Produtor e História Administrativa/Biográfica:
Nome do Produtor:
Graça, Fernando Lopes
História Administrativa:
Grande compositor, pianista, pedagogo, crítico e ensaísta, deixou uma obra musical extensíssima a par de uma importante obra literária que nos dá testemunho da sua grande formação humanista e da sua intensa actividade cultural e política. Estudou no Conservatório de Música de Lisboa com Viana da Mota, Tomás Borba e Luís de Freitas Branco e concluiu em 1931 o Curso de Composição. Por motivos políticos foi impedido de leccionar em instituições públicas e mais tarde no ensino privado e não pôde, também, usufruir de uma bolsa que ganhou para estudar no estrangeiro.
Após a sua prisão por motivos políticos em Caxias (1936), Fernando Lopes-Graça foi viver para Paris entre 1937-1939, a expensas suas, onde estudou composição e escreveu as primeiras harmonizações de canções populares portuguesas e compôs La fièvre du temps por encomenda da Maison de La Culture. Em 1942 fundou a Sociedade de Concertos “Sonata”, que dirigiu até 1961, dedicada à divulgação da música contemporânea e que se tornou numa referência da vanguarda intelectual. Recebeu vários prémios de composição: Concerto para piano e orquestra nº1 (Prémio de composição Círculo de Cultura Musical, 1940), História Trágico-Marítima (Prémio CCM, 1942), Sinfonia per Orchestra (Prémio CCM, 1944), Sonata para piano nº 3 (Prémio CCM, 1952), Quarteto de cordas (Prémio Príncipe Rainier III do Mónaco, 1965). A sua extensíssima obra musical, com uma linguagem e uma sonoridade inconfundíveis, abrange todos os géneros e tem sido tocada em todo o mundo.
A recolha e a reinterpretação da música popular portuguesa constituiu um eixo permanente da sua criação evidenciado em muitas das suas obras para voz e piano e reflectindo-se, igualmente, em grande parte da sua obra instrumental. A sua íntima ligação à língua e cultura portuguesa exprimiu-se também na criação de ciclos de canções com textos de grandes poetas portugueses de que se destacam Fernando Pessoa, Luís de Camões e Eugénio de Andrade.
O seu pensamento deixou-o expresso nas suas colaborações em várias revistas e jornais, como a Presença, o Diabo, Seara Nova e a Vértice, fundou ainda jovem o diário A Acção em Tomar e a revista De Música da Associação de Estudantes do Conservatório e mais tarde a Gazeta Musical e de todas as Artes e publicou, sistematicamente, a partir de 1973, a sua extensa obra literária.
Morre em 27 de Novembro de 1994, na sua casa na Parede e deixa em testamento todo o seu espólio à Câmara Municipal de Cascais para ser incorporado no Museu da Música Portuguesa.
História Custodial e Arquivística:
Em janeiro de 1994 o compositor Fernando Lopes-Graça visitou o Museu da Música Portuguesa e transmitiu as suas preocupações quanto ao futuro do seu espólio, expressando o desejo de vir a deixá-lo no Museu. Durante esse ano o Museu deu um apoio direto ao compositor e desenvolveu um trabalho regular em sua casa, de que resultou um primeiro levantamento das existências bibliográficas e documentais, a organização e inventariação da sua obra musical e realização de cópias de segurança, assim como o arquivo dos autógrafos musicais em caixas de conservação. Um mês e meio após a sua morte, que ocorreu em 27 de novembro de 1994, o espólio foi transferido para a Museu da Música Portuguesa - Casa Verdades de Faria. Com a incorporação do espólio do compositor, em janeiro de 1995, todos os esforços se concentraram na organização e instalação e no tratamento e classificação de toda a documentação, de forma a disponibilizá-la à consulta pública. Considerou-se tarefa prioritária a inventariação e catalogação da sua obra musical, o que permitiu desde logo iniciar a sua gestão, através de um sistema de cópias autorizadas. Na sequência deste trabalho surge o catálogo do espólio do musical do compositor, instrumento fundamental para um efetivo conhecimento de toda a sua obra.
Âmbito e Conteúdo:
O fundo Fernando Lopes-Graça é composto por uma extensa documentação de arquivo, nomeadamente toda a obra musical do compositor, um conjunto epistolográfico que reúne toda a sua correspondência recebida e expedida, constituindo um importante fundo documental para o conhecimento da convivência de Fernando Lopes-Graça com diversas personalidades intelectuais portuguesas e estrangeiras. Documentação fotográfica, com imagens que fixaram importantes momentos da sua vida e obra. Um dossier de imprensa com críticas musicais, artigos e entrevistas ao compositor entre 1936 e 1994, assim como um conjunto de programas dos concertos, quase todos de primeiras audições da sua obra e de concertos em que o compositor participou entre 1937 e 1989.
Fontes e Bibliografia:
CASCUDO, Teresa - Fernando Lopes-Graça : catálogo do espólio musical. Cascais : Câmara Municipal. Museu da Música Portuguesa - Casa Verdades de Faria, 1997. VII, [1], 256 p.
ISBN 972-637-048-5
Conteúdo Digital:
Cópia interna
Código de Referência:
PT/CMCSC-MMPCVF/FLG
Registos adjacentes
MG - Michel Giacometti
MMP - Museu da Música Portuguesa
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