Plano de classificação

Forma Autorizada do Nome:Veres, Carmen Dolores Cohen SarmentoTipo de Entidade:Pessoa SingularOutras Formas do Nome:Dolores, CarmenSarmento, Carmen Dolores Cohen (nome de solteira)História:Carmen Dolores Cohen Sarmento Veres, nascida em Lisboa em 1924-04-22, foi uma atriz e escritora portuguesa de ascendência espanhola e judaica. Fez os seus estudos no Liceu D. Filipa de Lencastre. Iniciou-se aos 12 anos no teatro radiofónico do Rádio Clube Português, ao lado de nomes como Rogério Paulo, Alves da Costa, Isabel Wolmar, Laura Alves e António Silva. Em 1943, com apenas 19 anos, estreou-se no cinema como protagonista de "Amor de Perdição", adaptação de António Lopes Ribeiro do romance de Camilo Castelo Branco. Seguir-se-á "Um Homem às Direitas" e "A Vizinha do Lado", ambos em 1945, e "Camões", em 1946. Fez a sua aparição no teatro em 1945, integrando a companhia "Os Comediantes de Lisboa", sediada no Teatro da Trindade, desempenhando o papel de Agathe em “A Mensageira dos Deuses”, de Jean Giradoux. Em 1951 transitaria para o palco do Teatro Nacional D. Maria II, sob a direção de Amélia Rey Colaço, com diversos sucessos de que se salienta "Frei Luís de Sousa" de Almeida Garrett. Criou, com outros atores, o Teatro Moderno de Lisboa, no palco do Cinema Império, tendo desenvolvido um projeto que levou à cena novas encenações de peças de autores consagrados como Fiódor Dostoiévski, William Shakespeare, August Strindberg ou José Cardoso Pires. Após viver sete anos em Paris (França), a atriz voltou à cena em 1983 com a peça “Comédia à moda antiga”, de Alexei Arbouzov, dirigida por Jorge Listopad, que lhe valeu o Prémio Eles e Elas. Dois anos mais tarde, fez parte do elenco da pela “Virgínia”, de Edna O’Brien, tendo recebido o Prémio da Crítica. Regressou ao cinema pela mão do realizador José Fonseca e Costa, integrando os filmes "A Mulher do Próximo", em 1988, e "Balada da Praia dos Cães", em 1987. Apareceria esporadicamente em televisão, participando nas telenovelas "Passerelle", em 1988, "A Banqueira do Povo", em 1993, e "A Lenda da Garça", em 1999. Abandonou os palcos em 2005 com a peça "Copenhaga", de Michael Frayn, encenada por João Lourenço. Em julho de 2018, foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com as insígnias de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, no âmbito de uma homenagem à atriz no Teatro da Trindade, que incluiu a estreia da peça "Carmen", inspirada nas suas memórias, e o batismo da sala principal com o seu nome. Carmen Dolores foi ainda distinguida com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, atribuído pelo Presidente da República Jorge Sampaio, com a Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Lisboa, o prémio Sophia de Carreira, da Academia Portuguesa de Cinema, e o Prémio António Quadros de Teatro, entre outros galardões. Faleceu em 2021-02-16, aos 96 anos de idade, na cidade que a viu nascerRegras e/ou Convenções:ODA, ponto 14.A2. (3ª versão, 2011)Data de Criação:2024-02-23Notas de Manutenção:Criado por Paula Almeida