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Forma Autorizada do Nome:
Encarnação, José Manuel dos Santos
Tipo de Entidade:
Pessoa Singular
História:
José Manuel dos Santos Encarnação é um professor universitário, arqueólogo, historiador e jornalista que se tem dedicado especialmente às temáticas da presença romana em Portugal e à epigrafia latina. Nascido em 1944-12-24 em S. Brás de Alportel, viria a realizar os seus estudos primários e liceais em Cascais, onde os seus pais fixaram residência em 1948. Após completar a formação no Liceu Nacional de Bragança, matricular-se-ia em 1964 no Curso de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, cuja frequência concluiu em 1969, tendo obtido bolsas de estudo do Ministério da Educação e da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1970 prestou provas de licenciatura com a tese “Divindades indígenas sob o domínio romano em Portugal: subsídios para o seu estudo”, que viria a ser publicada pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda em 1975. Em 1972 concluiu o curso de Conservador de Museus no Museu Nacional da Arte Antiga e o curso de Ciências Pedagógicas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. De 1969 a 1976 foi professor do ensino preparatório e secundário na Escola Salesiana do Estoril, onde estudara. Foi assistente eventual da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra de 1976 a 1978, ano em que tomou posse do lugar de assistente. Doutorou-se em História em 1984, na especialidade de Pré-História e Arqueologia, com a dissertação “Inscrições romanas do Conventus Pacensis: subsídios para o estudo da romanização”, sendo então nomeado para o lugar de professor auxiliar na mesma Faculdade. Dois anos mais tarde tomaria posse como professor associado em Ciências Históricas, Geográficas e Filosóficas e prestou provas de agregação em 1990, ocupando no ano seguinte o cargo de professor catedrático, até se aposentar em 2007. É membro, entre outros, da Associação dos Arqueólogos Portugueses desde 1970, da Associação Portuguesa de Museologia desde 1972, da Association Internationale d'Épigraphie Grècque et Latine desde 1977, da Associação Portuguesa de Estudos Clássicos desde 1984, do Instituto Arqueológico Alemão desde 1986 e da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia desde 1987 (tendo sido nomeado seu sócio honorário em 2018-03-10). Foi um dos fundadores, em 1974, da Álamo - Cooperativa de Ensino e Cultura, SCRL, sediada em Cascais e destinada ao ensino intensivo de adultos, onde exerceu cargos diretivos e lecionou até ingressar na docência universitária. Orienta desde a sua criação, em 1982, o “Ficheiro Epigráfico”, suplemento da revista “Conimbriga”, editada pelo Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, a qual também dirigiu entre 2002 e 2004. Nesta Universidade foi ainda presidente do Conselho Pedagógico da Faculdade de Letras entre 1984 e 1986, presidente da Comissão Científica do Grupo de História de 1992 a 1993 e coordenador geral dos programas SOCRATES/ERASMUS desde 1988. Foi presidente da direção da Associação Cultural de Cascais desde a sua fundação, em 1987, até 2002. Foi nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade de Poitiers em 2001, académico da Reial Acadèmia de Bones Lletres (Barcelona), desde 1997, académico de mérito da Academia Portuguesa de História em 2010 e membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa em 2015. Dedica-se ainda às questões do Património Cultural, disciplina que também lecionou (por exemplo, foi docente de Património e Turismo, de 2009 a 2013, no Departamento de Turismo da Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa). O Património Cultural, até pela vertente da Museologia, da Arqueologia e da Epigrafia, é, por conseguinte, temática a que se dedica, inclusive como jornalista. Com algumas das suas crónicas se publicaram os livros “Cascais e os Seus Cantinhos (2002)”, “Recantos de Cascais” (2007), “Dos Segredos de Cascais” (2009) e “Cascais, Paisagem com Pessoas dentro” (2011). Tem publicados cerca de 900 textos sobre temas da sua especialidade. Integra o conselho redatorial ou consultivo de publicações periódicas, nacionais e estrangeiras, como “Aquila Legionis”, “Archivo Español de Arqueología”, “Arqueologia e História”, “O Arqueólogo Português”, “Eburobriga”, “Espacio, Tiempo y Forma”, “Hispania Epigraphica”, “Phoînix”, “Palaeohispanica”, “Salduie”, “Sylloge Epigraphica Barcinonensis” e “Veleia”. É responsável, juntamente com Guilherme Cardoso, pelo estudo da villa romana de Freiria (S. Domingos de Rana, Cascais) e pela investigação da ocupação romana no concelho de Cascais, sendo ainda membro da Comissão Internacional que preside à organização dos colóquios sobre Línguas e Culturas Paleo-Hispânicas. Tem proferido conferências para os mais diversos públicos e já participou em cerca de uma centena de reuniões científicas em Portugal e no estrangeiro. Foi agraciado, em 1994, com a medalha de mérito municipal de Cascais e recebeu do Rotary Club de Cascais/Estoril o diploma de Mérito Profissional Rotário em 2000. Foi igualmente distinguido, em 2015, com a insígnia de mérito cultural do Município de S. Brás de Alportel, recebendo, em 2017, o Medalhão de Mérito Cultural por parte da Junta de Freguesia de S. Domingos de Rana (Cascais)
Data de Criação:
2018-05-24
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