Submit
Pesquisa avançada
Histórico
Lista
Plano de classificação
Voltar aos resultados
Forma Autorizada do Nome:
Colégio de João de Deus
Tipo de Entidade:
Pessoa Colectiva
História:
Fundado no Monte Estoril em janeiro de 1936, o Colégio de João de Deus nasceu essencialmente da ação de dois pedagogos, João de Deus Ramos e José Dias Valente. No início do século XX, João de Deus Ramos, filho do poeta João de Deus, criou uma rede de jardins-de-infância, prosseguindo, desta forma, a tarefa de cuidar da educação da criança portuguesa desenvolvida por seu pai. Já então imaginava a criação de um colégio organizado de forma bem diferente dos tradicionais à época, integrado no espírito do chamado Movimento da Escola Nova, que rejeitava o ensino livresco e os métodos rígidos, e centrando-se, primeiramente, nas atividades da criança. Em 1928, em parceria com João Lopes Soares e outros professores e investidores, criou o colégio Bairro Escolar do Estoril na zona do Lago, no Monte Estoril, o qual teve um início auspicioso. Contudo, divergências entre os sócios, com reflexos na orientação pedagógica do colégio, levariam João de Deus Ramos ao afastamento do projeto no final de 1935, no que foi seguido solidariamente pela quase totalidade dos professores. Estes, nomeadamente Álvaro Carvalho Vasconcelos Freire Themudo, Aníbal Ferreira Henriques, Armando Lucena, Augusto Mimoso, Henrique Augusto Perestrelo de Alarcão e Silva, José Guerreiro Cristóvão Júnior, Mário Pamplona Ramos e Rubi Marques, decidiram prosseguir o projeto, criando um novo colégio na mesma zona. Nasceria, assim, o Colégio de João de Deus, sedeado na Vila Pomares, antiga residência da marquesa de Pomares, no Monte Estoril, para onde transitaram cerca de dois terços dos alunos do Bairro Escolar do Estoril. Apesar do total apoio de João de Deus Ramos, este revelou indisponibilidade para liderar o projeto, pelo que os professores convidariam para o dirigir um anterior colega, José Dias Valente, professor do Liceu Camões e do Bairro Escolar do Estoril. José Dias Valente, que dirigiu o colégio de 1936 até ao seu encerramento, em 1970, revelar-se-ia um pedagogo adepto dos ideais do Movimento da Escola Nova, sempre acompanhado por Aníbal Ferreira Henriques, seu subdiretor e braço-direito. Cedo o novo estabelecimento de ensino conquistou o prestígio que haveria de o acompanhar ao longo da sua existência, pautado por uma inovadora ideia pedagógica de educação integral, com ambiente escolar agradável, de bom gosto e de simpatia, assente numa disciplina ativa e educativa onde se promovia a autorresponsabilização e a autonomia dos educandos. Exigente e cuidada, a prática educativa assentava numa obediência ativa de respeito ao professor, mas num apelo permanente à liberdade, fomentando um crescimento em conjunto, como se de uma comunidade quase familiar se tratasse. O Colégio, implantado numa zona privilegiada entre o campo e a baía de Cascais, funcionou nos regimes de internato familiar, semi-internato e externato, praticando até à década de 1940 a coeducação. Os alunos usufruíam de um alargado conjunto de práticas pedagógicas, de onde sobressaiam, para além de um ensino prático incluindo uma vertente laboratorial, o desporto - com destacados êxitos nos campeonatos da Mocidade Portuguesa - o jornalismo escolar, através do jornal “Nós Queremos” e o canto coral. Desde o verão de 1947, o Colégio de João de Deus incorporou a totalidade dos alunos, parte dos professores e dois edifícios do antigo Bairro Escolar do Estoril, devido ao encerramento das atividades deste colégio. As salas de aula distribuíram-se, então, pela Villa Pomares e num dos edifícios do antigo Bairro Escolar do Estoril, na Avenida do Lago, enquanto os alunos internos eram alojados nos Pensionatos da Telha Verde, na Avenida Saboia; na Villa Luísa, na Rua do Pinheiro; e no segundo edifício do antigo Bairro Escolar do Estoril. Posteriormente o Colégio veio a dispor de um ginásio na Avenida de Saboia, em edifício de sua propriedade. Não obstante o término da sua atividade, este projeto continuaria a afirmar-se como polo aglutinador de vidas e de vontades, como o atesta o almoço anual, promovido ininterruptamente desde 1970, por antigos alunos e suas famílias. O forte e firme sentido de pertença que une os seus antigos alunos conduziria à formação, em 2005, da AAAECJD - Associação dos Antigos Alunos do Extinto Colégio de João de Deus, que depositou o seu arquivo no AHMCSC
Regras e/ou Convenções:
ODA, ponto 13.A2. (3ª versão, 2011)
Data de Criação:
2018-05-24
Notas de Manutenção:
Revisto por Paula Almeida
Registos adjacentes
- Cunha, Fernando Miguel Cabecinhas Antas da
- Calzada Herranz, Manuel de la
- Centro Comunitário de Tires
- Cartaya Dueñas, Carmen
Adicionar à lista
Imprimir
Documentos associados
Partilhar
×
×
Histórico de pesquisas
Não foi realizada nenhuma pesquisa.
×
Pedido de digitalização
×
Pedido de reprodução
Requerente
Nome:
Email:
Telefone:
Morada:
Identificação do pedido (preencha pelo menos um dos campos)
Cód. ref. documento:
Obra:
Processo de obra:
Morada da obra:
Assunto:
Enviar
Limpar
Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência de utilização. Ao visitar o nosso site está a aceitar a nossa política de cookies.
Mais informações
✖
×
Entrar
Utilizador:
Introduza o seu nome de utilizador.
Palavra-passe:
Introduza a sua palavra-passe.
O nome de utilizador e/ou a palavra-passe não estão corretos.
Entrar
Reenviar e-mail
×
Aviso