Plano de classificação

Forma Autorizada do Nome:Hotel AtlânticoTipo de Entidade:Pessoa ColectivaHistória:A Casa Barahona, edificada defronte da Praia do Monte Estoril por Alfredo Ribeiro, nos finais do século XIX, para Francisco Eduardo de Barahona Fragoso, seria depois vendida ao Visconde de Malanza e ao sogro de Fausto de Figueiredo, que a viria a herdar. Em 1932 o edifício passou a acolher o Hotel Atlântico, vindo, no ano seguinte, o Conselho Nacional de Turismo a aprovar a sua ampliação. O requerimento de 1932-08-30 apresentado pela Stellamare S. A. à Câmara Municipal de Cascais faz referência a Manuel António da Cruz como o construtor civil encarregado da obra, que anexava ao palacete uma ala à esquerda da entrada, sobre o oceano. A partir de 1934, a unidade, gerida pelos holandeses Vera e Ferdinand Mouths, registaria uma crescente afluência de hóspedes alemães, mercê da sua promoção na Alemanha. Curiosamente, em 1938, seria possível ver a bandeira nazi hasteada no telhado do hotel, ficando, com o advento da II Guerra Mundial, o estabelecimento a ser conhecido como o «Hotel dos alemães», um centro de espionagem do III Reich em Portugal. Aí se instalariam figuras tão ilustres como a Baronesa Carola von Oertzen de Ilhenburg e o Príncipe Guilherme, em 1935; os Duques de Windsor, em 1940, ou o popular ator inglês Leslie Howard, em 1943, considerado por muitos um espião ao serviço dos Aliados. Em 1935, voltou-se a autorizar a ampliação do estabelecimento, que passaria a dispor de 150 quartos e a beneficiar da renovação do terraço central da frente sul. Em 1939, o hotel foi vendido a António Maria Lopes, que promoveu novos melhoramentos, reabrindo-o em agosto do ano seguinte. Em 1941, o arquiteto Raúl Rodrigues Lima projetou a primeira grande transformação no edifício, com o aumento de dois andares. O Hotel foi encerrado em 2007 e demolido em 2012, tendo dado lugar, em 2015, ao empreendimento de luxo Atlântico Estoril Residence, da autoria do arquiteto João PaciênciaData de Criação:2017-05-16