Plano de classificação

Forma Autorizada do Nome:Empresa dos Banhos da PoçaTipo de Entidade:Pessoa ColectivaOutras Formas do Nome:Empreza dos Banhos da PôçaEmpresa de Banhos da PoçaHistória:Em 1892, foi aprovado um Decreto-Lei que, pela primeira vez no nosso País, regulamentou o funcionamento das estâncias termais, colocando as concessões sob a dependência do Governo, sujeitando-as a fiscalizações e inspecções oficiais. Na sequência da autorização concedida pelo Governo Civil de Lisboa à Santa Casa da Misericórdia de Cascais para que pudesse arrendar a exploração dos banhos termais da Praia da Cadaveira, foi celebrada, em Janeiro de 1894, uma escritura entre a Misericórdia e o Ministério da Guerra que autoriza a primeira a edificar um novo imóvel nos terrenos circundantes do Forte de São Pedro, mantendo-se a concessão desta fortificação conforme acordado anteriormente, alargada agora também à esplanada do Forte de São João da Cavadeira, válida por um período de 99 anos. É celebrado um contrato de arrendamento das águas termais denominadas ‘Banhos da Poça’, cuja exploração a Santa Casa da Misericórdia de Cascais arrenda por 100 mil réis ao Dr. Carlos Tavares , docente da Escola Médico-cirúrgica de Lisboa, e ao Tenente-Coronel Jacinto Parreira. Os novos arrendatários comprometem-se a construir um novo edifício, constituindo uma sociedade denominada Empresa dos Banhos da Poça em São João do Estoril, que tinha como finalidade o aproveitamento das águas termais conhecidas como os ‘Banhos da Poça’ e a fundação de um estabelecimento balnear. A direcção técnica das termas ficou a pertencer ao Dr. Carlos Tavares, enquanto que a direcção clínica foi entregue ao Dr. Francisco Eusébio Leão. A construção do novo edifício, provavelmente projectado pelo Tenente Coronel Jacinto Parreira, iniciou-se em Julho de 1894. Em 1918, o edifício dos ‘Banhos da Poça’ foi transformado em hospital provisório a fim de receber os doentes infectados pela gripe pneumónica que nesse ano assolou o nosso País. A actividade normal das termas seria retomada apenas em 1920. No entanto, decorridos apenas dois anos. na sequência de um litígio entre o Ministério da Guerra e o então arrendatário dos ‘Banhos da Poça’, Luís Filipe da Mata, acerca da posse dos terrenos onde se encontrava instalada a estância termal, o edifício foi ocupado pelos militares. O Supremo Tribunal Administrativo foi chamado a pronunciar-se, em Julho de 1924 e anulou o arrendamento do Forte de São Pedro à Santa Casa da Misericórdia de Cascais. Esta decisão veio a pôr fim à exploração das águas termais dos ‘Banhos da Poça’Regras e/ou Convenções:ODA, ponto 13.A2. (3ª versão, 2011) - Data de Criação:2008-04-15Notas de Manutenção:Rev. Paula Almeida