Plano de classificação

Forma Autorizada do Nome:Kowalenski, JanTipo de Entidade:Pessoa SingularHistória:Naturalidade: Lodz (Polónia). Nacionalidade: polaca
O tenente-coronel Jan Kowalewski, nascido em Lódz (Império Russo, atual Polónia) em 1892-10-23, foi um jornalista, adido militar, criptologista e agente dos Serviços Secretos polaco. Depois de realizar os seus estudos numa Escola de Comércio local, ingressaria, em 1909, na Universidade de Liège (Bélgica), onde se licenciou na Faculdade de Química em 1913. Neste ano, regressaria à Polónia, sendo recrutado no ano seguinte para combater na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) integrado no Exército russo. Durante a Guerra Polaco-Soviética (1918-1921), Kowalewski, que era um poliglota e criptologista amador, recrutaria uma grande equipa de criptologistas que viriam a quebrar os códigos e cifras militares soviéticas, permitindo que a Polónia resistisse à guerra e alcançasse a vitória na Batalha de Varsóvia em 1920. Em 1928, formou-se na “École Supérieure de Guerre” em Paris (França), tendo sido promovido a major e, posteriormente, a tenente-coronel. No ano seguinte, ocupava o cargo de adido militar da Embaixada da Polónia em Moscovo (URSS) e em 1933 foi transferido para a Embaixada da Polónia em Bucareste (Roménia), onde se manteria até 1937. Após a invasão da Polónia, em 1939, regressaria à Roménia para chefiar um comité de auxílio a refugiados polacos, no ano seguinte juntar-se-ia ao exército polaco no exílio, em França, vindo a abandonar o país com a invasão alemã e escolhendo Portugal para se fixar, constituindo, na Figueira da Foz, um novo comité de auxílio aos refugiados do seu país. Em 1941, já na capital portuguesa, criou um centro de espionagem que viria a ser um polo agregador de uma extensa rede de resistência polaca, a quem prestava apoio logístico e financeiro, coordenando, ainda, os esforços de guerra de vários serviços secretos de toda a Europa ocupada, e as comunicações desta com o Governo polaco no exílio. Esta rede foi crucial para o sucesso de várias manobras aliadas, sendo a mais notável aquela que permitiu conhecer a data exata da Operação Barbarossa, que ditou a invasão da Rússia pela Alemanha em 1941. Kowalewski conseguiria, também, neutralizar uma estação de rádio secreta usada pelos alemães para se comunicar com submarinos que operam no Atlântico, e a sua mediação foi crucial para permitir que o Rei Carol II escapasse da Roménia e chegasse a Lisboa. Em 1944, após algumas suspeitas de traição nunca comprovadas, Kowalewski foi demitido do cargo e enviado para Londres (Reino Unido), onde foi encarregue de chefiar o “Polish Operations Bureau”, encarregue de preparar ações de resistência polaca. Acabaria por se fixar na capital britânica, onde começou a trabalhar como jornalista, colaborando, ainda que brevemente, com a “Radio Free Europe“ e voltando a dedicar tempo à criptoanálise. Faleceu em Londres em 1965
Funções, Ocupações e Actividades:DiplomataCritpologistaAdido militarJornalistaEngenheiroRegras e/ou Convenções:ODA, ponto 14.B22. (3ª versão, 2011)Data de Criação:2015-01-15Notas de Manutenção:Enriquecido por Paula Almeida