Plano de classificação

Albergue de Mendicidade da MitraData de Produção Inicial:1923Data de Produção Final:1995Nível de Descrição:SubfundoHistória Custodial e Arquivística:A documentação foi trasladada em 2003-10-28 do Arquivo da Quinta do Pisão (CASP) para o Arquivo dos Serviços Centrais da Santa Casa da Misericórdia de CascaisÂmbito e Conteúdo:«O Núcleo Histórico “Casa dos Lagares”, com uma construção e traços de arquitetura típicos dos séculos XVII/XVIII, é composto por três salas complementares. A musealização do núcleo e a exposição de objetos e de fotografias reporta-nos, sobretudo, aos anos 40 do século XX e permite-nos viajar no tempo até à atualidade, contando a história de pessoas que contribuíram para identidade do Centro de Apoio Social do Pisão:
- Casa do Azeite: espaço de exposição, onde existe o vestígio do lagar de azeite e que, na época da Colónia Agrícola do Pisão, serviu de casa de castigos;
- Casa de Ligação: composta por duas áreas distintas. Uma reporta-se a 1985 e pretende mostrar a dura realidade encontrada pela Misericórdia de Cascais; a outra ilustra o trabalho efetuado atualmente no Centro:
- Casa do Lagar: espaço de museu, onde ainda existe o lagar de pisar uvas e o vestígio da prensa; aqui estão expostas peças de madeira, ferro e folha usadas pelos “colonos” e algumas, confecionadas pelos próprios.
O Centro de Apoio Social do Pisão foi a partir dos anos 40 e até 1985, o Albergue de Mendicidade da Mitra, designado de Colónia Penal Agrícola do Pisão. Durante o Estado Novo, de acordo com uma política de “regeneração social”, toda a população considerada “marginal” - pobres, sem abrigo, ladrões, homossexuais e doentes mentais… - era encaminhada para os Albergues de Mendicidade. A Colónia do Pisão, afastada das outras localidades, rodeada por uma vasta área florestal e de exploração agropecuária com mais de 300 hectares, constituía o espaço propício para o isolamento e punição. Aqui, os albergados trabalhavam na agricultura, na pecuária, na construção dos edifícios da colónia, na exploração florestal, pedreira, fornos de cal e outros trabalhos de autossubsistência, sob a disciplina policial. A 2 de Fevereiro de 1985, o Pisão passa a ser gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Cascais, mediante acordo de gestão com o Instituto da Segurança Social. Ao chegar a este Centro, a Misericórdia iniciou o seu trabalho pela humanização do espaço, pelo cuidar das pessoas, por melhorar os espaços existentes, por proporcionar hábitos de vivência em comunidade e de procurar laços familiares e de dar afecto aos que aqui se encontravam.»
(In https://www.facebook.com/events/centro-de-apoio-social-do-pis%C3%A3o/visita-ao-n%C3%BAcleo-hist%C3%B3rico-do-centro-de-apoio-social-do-pis%C3%A3o/195509617698703/)

Contém as fichas dos residentes anteriores a 1985 e alguma documentação sobre a atividade da colónia
Notas:Cota do Subfundo: E-10A; este subfundo não vem à consulta; caixa 15 partilhada com o subfundo E-10B.Código de Referência:PT/CMCSC-AHMCSC/AECL/SCMC-AMM