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Forma Autorizada do Nome:
Marques, Luís Artur de Oliveira
Tipo de Entidade:
Pessoa Singular
História:
Luís Artur de Oliveira Marques nasceu em Lisboa em 1898-11-25, vindo a ser educado em colégios na Grã-Bretanha e em Portugal durante a I Guerra Mundial (1914-1918). O domínio do inglês permitir-lhe-ia regressar a Londres, em 1919, para estudar engenharia no City and Guilds College. Todavia, mercê da crise financeira, os seus pais deixaram de poder custear os estudos, pelo que se empregaria no Anglo-Portuguese Colonial and Overseas Bank. Por esta altura foi nomeado correspondente do "Diário de Notícias" no Reino Unido, vivendo em Londres até que em 1932 regressasse a Portugal para se dedicar ao ensino de inglês no Liceu Pedro Nunes, à tradução e às explicações. A partir de 1937 iniciou colaboração no jornal "Anglo-Portuguese News", fundado nesse ano, em Portugal, pelo Major Wackeman. No ano seguinte casaria com Susan Lowndes, filha do jornalista Frederick Lowndes, do jornal "The Times" e da escritora Maria Belloc Lowndes. Durante a II Guerra Mundial, o "The Anglo-Portuguese News" (APN) passou a ser subsidiado pelo British Council, a fim de divulgar o esforço de guerra britânico, assumindo-se como órgão de propaganda aliada, razão pela qual aumentou o número de páginas e começou a ser publicado semanalmente, com artigos em inglês e português. O APN foi, assim, o único periódico de língua inglesa que se publicou durante o conflito no continente europeu, tendo Luís Marques orgulho no facto de o jornal ter sido referido num programa radiofónico de propaganda alemã como «o porta-voz de Churchill em Lisboa». O governo britânico conceder-lhe-ia a Comenda de Membro do Império Britânico pelo seu trabalho a favor dos Aliados, no jornal, assim como na tradução de vasta documentação para a Embaixada Britânica, razão pela qual os nomes de Luís Marques e Susan Lowndes constavam da lista de evacuação de urgência, no caso de Portugal ser invadido pela Alemanha. Não obstante o subsídio ter findado após a guerra, o APN manter-se-ia, regressando ao modelo de quinzenário, em inglês, com menos páginas e mais publicidade. A publicação contou com grande número de colaboradores, de grande distinção, como Marcus Cheke, diplomata inglês que escreveu livros sobre o Marquês de Pombal e Carlota Joaquina; João Gaspar Simões; Tomás Kim; Adolfo Simões Muller; Joaquim Paço d’Arcos; Pardal Monteiro; Virgínia Rau; Luís de Freitas Branco; Manuela Porto; Aquilino Ribeiro; Vitorino Nemésio; Rose Macaulay, autora do livro "Ingleses em Portugal"; Ann Bridge, coautora, com Susan Lowndes, do livro "The selective traveller in Portugal"; o ensaísta Harold Nicolson; os poetas Charles David Ley e Roy Campbell; os lusitanistas Aubrey Bell e Edgar Prestage; Ann Livermore; o primeiro diretor do Instituto Britânico em Lisboa, George West; o musicólogo Santiago Kastner e a historiadora Elaine Sanceau. Ainda assim, cumpriria a Luís Marques e Susan Lowndes - servindo-se de uma série de pseudónimos - garantir a maioria dos conteúdos do jornal, publicando centenas de artigos sobre o país, nomeadamente sobre o concelho de Cascais, além de notícias de interesse para a comunidade britânica em Portugal. Depois da morte de Luís Marques, em 1976, Susan Lowndes continuou a dirigir o jornal, até que o vendeu, em 1980, ao jornalista inglês Nigel Batley, que o manteria até 2004, quando cessou publicação. No início da década de 1980, os primeiros quarenta anos de edição foram microfilmados e dotados de índice, com o apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Tinker Foundation, dos E.U.A, para depósito na Biblioteca do Congresso dos E.U.A. Luís Marques foi, também, correspondente em Portugal do jornal inglês "The Daily Telegraph", a partir de 1936, durante a II Guerra Mundial e até quase à data da sua morte; e um dos fundadores da Associação de Imprensa Estrangeira em Portugal. De acordo com os dados compulsados pela Dra. Ana Vicente, sua filha, que publicou, em 2006, um livro sobre seus pais intitulado "Arcádia: Notícia de uma Família anglo-portuguesa" (Lisboa: Gótica, 2006), Luís Marques detinha uma vasta cultura, sobretudo no campo da literatura inglesa e portuguesa e era um grande conversador, permitindo-lhe a sua excelente memória recordar textos lidos há anos. Era também um católico convicto e muito conhecedor de temas religiosos, frequentando a Igreja de Santo António do Estoril e os Salesianos. Sofreu toda a vida de uma espondilose que o deixou nas últimas décadas de vida completamente curvado, tendo, ainda, problemas de visão, de que nunca se queixava. A correspondência conservada comprova o seu fino humor e o imenso círculo de amigos que gerou. Morreu em 1976-10-01 na sua residência no Monte Estoril desde 1947 - a Casa Palmeiral, na Avenida de S. Pedro, n.º 25 -, onde funcionou, também, o APN, a partir da década de 1960. Foi sepultado no cemitério da Galiza. Em 1995, por iniciativa do seu filho, Paulo Lowndes Marques, publicar-se-ia postumamente um livro de Luís Marques, intitulado "Contacts, memoirs and collected pieces"
Data de Criação:
2011-12-30
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