Plano de classificação

Forma Autorizada do Nome:Goldmann, NahumTipo de Entidade:Pessoa SingularOutras Formas do Nome:Goldmann, NachumHistória:Naturalidade: Vishnevo (Império Russo atual Višneva, Bielorrússia). Nacionalidade: hondurenha (conforme boletim de alojamento no Hotel Palácio em 1940-05-23), alemã, norte-americana, suíça, israelita…

Nahum Goldmann nasceu em 1895-07-10 na “shtetl” de Vishnevo (Império Russo, atual Višneva, Bielorrússia), sendo aquele um termo ídiche que designa uma pequena cidade habitada por uma larga percentagem de judeus asquenazes e que existia sobretudo na Europa de Leste antes do Holocausto, de onde estes eram provenientes. Seus progenitores eram judeus lituanos ("litvak”) ligados ao ensino e à criação literária, sendo seu pai um fervoroso sionista. Aos seis anos passou a residir em Frankfurt (Alemanha), onde realizou os seus estudos liceais, vindo depois a licenciar-se em Direito e Filosofia. Familiarizado com o sionismo, ideologia que frequentemente atraia a sua casa importantes ideólogos e intelectuais a ele ligados, acompanhou o seu pai ao 10.º Congresso Sionista que se realizou em Basileia (Suíça) em 1911. Dois anos mais tarde viveu na Palestina durante quatro meses, publicando as suas impressões na obra “Eretz Israel, Cartas de viagem da Palestina” no ano seguinte. Entre 1916 e 1918 Goldmann trabalhou para a "Nachrichtenstelle für den Orient", uma agência de espionagem e propaganda ligada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha e especialmente interessada em explorar os interesses alemães nas correntes nacionalistas étnicas e religiosas dentro do Império Otomano, como o islamismo e o sionismo, por forma a enfraquecer a influência britânica e francesa na região. Em 1922 esteve envolvido na publicação de um periódico sionista e fundou a “Eschkol Publikationsgesellschaft” que publicaria, em 1929, a reputada “Encyclopaedia Judaica”, um projeto desenvolvido em parceria com Jakob Klatzkin e que refletia o trabalho dos principais estudiosos judeus da época. Em 1923 Goldmann foi falsamente acusado pelos nazis de ser um agente comunista e dez anos mais tarde escaparia à captura pela Gestapo graças à sua estada na Palestina para o funeral do seu pai. Casar-se-ia em 1934 com Alice Gottschalk, com quem teve dois filhos, e em novembro desse ano endereçou um pedido de apoio a Benito Mussolini referente aos judeus do Sarre, uma região que seria brevemente anexada pela Alemanha nazi. No ano seguinte ser-lhe-ia retirada a cidadania alemã, passando a ser um cidadão das Honduras graças à intervenção do ministro francês Louis Barthou. Posteriormente fixou residência em Nova Iorque (EUA), vindo a adquirir a cidadania norte-americana e permanecendo no país até 1964. Representou por vários anos a Agência Judaica, da qual seria presidente do Comité Executivo em 1951, ano em que também participaria na preparação das negociações com a República Federal da Alemanha com vista à indemnização dos sobreviventes judeus pelas perdas ocasionadas durante o regime nazi. Goldmann e o rabino Stephen S. Wise fundaram, em 1936, o Congresso Judaico Mundial, o qual viria a representar na Conferência de Evian (França), em 1938, e que presidiu entre 1951 e 1978. Profundamente envolvido na formação do estado de Israel, do qual seria também um fervoroso crítico, foi presidente da Organização Sionista Mundial de 1956 a 1968. Tornou-se cidadão de Israel em 1962 e da Suíça em 1969, sendo portador de sete cidadanias. Goldmann morreu em 1982-08-29 em Bad Reichenhall (Alemanha)
Funções, Ocupações e Actividades:Editor e líder sionistaRegras e/ou Convenções:ODA, ponto 14.B22. (3ª versão, 2011) Data de Criação:2011-06-24Notas de Manutenção:Rev. e enriquecido por Paula Almeida