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Forma Autorizada do Nome:
Alekhine, Alexander Alexandrovich
Tipo de Entidade:
Pessoa Singular
Outras Formas do Nome:
Alekhine, Alexander
Alékhin, Aleksándr Aleksándrovich
Alekhine, Alexander Aleksandrovich
História:
Naturalidade: Moscovo (antigo Império Russo, atual Rússia). Nacionalidade: russa e francesa
Alexander Alexandrovich Alekhine foi um xadrezista franco-russo nascido em Moscovo (Império Russo) no seio de uma família abastada, onde terá aprendido a jogar a modalidade. Aos 10 anos realizou o seu primeiro jogo (conhecido) num torneio por correspondência e cinco anos mais tarde participaria pela primeira vez num torneio presencial em Moscovo, o Torneio de Primavera, o qual viria a vencer em 1908. Iniciar-se-ia, então, o seu percurso em torneios de maior importância, alguns deles realizados fora do Império Russo, onde cedo se tornou um dos mais ilustres jogadores nacionais. No final de 1911, Alekhine fixou residência em São Petersburgo (Império Russo), onde ingressaria na Escola Imperial de Direito para Nobres, terminado o curso em 1914. Ainda nesse ano, liderava o Torneio Internacional de Mannheim (Alemanha) quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial. Devido à sua nacionalidade, foi encarcerado em Rastatt (Alemanha) juntamente com outros 11 jogadores russos, vindo a ser libertado em setembro do mesmo ano. Em outubro regressou ao Império e rapidamente se empenharia, através da participação em várias partidas, em angariar fundos para a libertação dos companheiros que haviam ficado presos na Alemanha. Os anos seguintes consolidariam a sua carreira, brevemente afetada em 1919 por alegadas ligações à contraespionagem branca russa e que lhe valeram a detenção em Odessa (atual Ucrânia. Por um curto período em 1920-1921, trabalhou como intérprete para a Internacional Comunista e foi nomeado secretário do Departamento de Educação, vindo mais tarde a repudiar o Bolchevismo. Ainda em 1921, foi autorizado a viajar até ao Ocidente, mas não retornaria à pátria, fixando-se eventualmente em Berlin (Alemanha). Entre 1921 e 1927, ganhou ou dividiu o primeiro prémio em cerca de dois terços dos muitos torneios em que jogou. Viria a quebrar, sucessivamente, recordes no número de opositores simultâneos em partidas onde participava de olhos vendados, chegando aos 33 em Chicago (EUA) no ano de 1933. Em 1924, enquanto doutorando na Faculdade de Direito da Sorbonne (Paris), efetuou o primeiro pedido de cidadania francesa, a qual adquiriria em 1927, ano em que se tornou campeão mundial de Xadrez, ao derrotar o campeão em título, o cubano José Raúl Capablanca. Viria a renovar o título em 1929 e 1934 contra o germano-russo Efim Bogoljubov, perdendo-o em 1935 para o neerlandês Max Euwe e recuperando-o em 1937. No início da década de 1930, Alekhine dominou os torneios e venceu com grandes margens dois torneios de primeira classe. Representou a França em cinco Olimpíadas de Xadrez, ganhando prémios individuais em cada uma delas. Apesar das imensas vitórias, consta-se que terá começado a beber por esta altura, mas eventualmente terá controlado o vício durante os cinco anos seguintes. A partir de então, os seus resultados eram irregulares e jovens estrelas em ascensão, como Paul Keres, Reuben Fine e Mikhail Botvinnik, ameaçavam o seu título. As negociações para uma disputa pelo título, com Keres ou Botvinnik, foram interrompidas pela eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, estando então Alekhine a disputar a 8.ª Olimpíada de Xadrez em Buenos Aires (Argentina). Ao contrário do que seria expectável, Alekhine regressou à Europa em janeiro de 1940 e após uma curta estadia em Portugal, alistou-se no exército francês. Com a ocupação da França pelos nazis, em junho do mesmo ano, decidiu viajar para Lisboa (Portugal) com o objetivo de partir para os EUA, mas não foi bem-sucedido. Consta que terá colaborado com o regime alemão, participando em diversos torneios na Alemanha e nos países ocupados, por forma a proteger a sua esposa e os bens que possuía em França. No final de 1943, Alekhine passava grande parte do seu tempo em Espanha e em Portugal, país onde organizou vários torneios, participou em simpósios e debates, fundou o Grupo de Xadrez do Porto e promoveu a modalidade entre os jovens. Por sua influência, em 1944, a Secretaria de Estado da Educação promoveu o Xadrez à categoria de desporto intelectual e, em 1947, é fundado em Lisboa o Grupo de Xadrez Alekhine. Acabada a guerra, em 1945, foi considerado “persona non grata” pelas organizações internacionais de Xadrez, em muito devido também aos alegados artigos de conteúdo antissemita que terá escrito. A sua última partida aconteceria no Estoril (Portugal) em janeiro de 1946, vencendo o mestre português Francisco Lupi. Viria a falecer aos 53 anos, em circunstâncias ainda não determinadas, no seu quarto do Hotel do Parque, no Estoril. Alekhine ficou conhecido pelo seu estilo de ataque feroz, versátil e imaginativo, que lhe valeria um lugar junto dos mais importantes jogadores de xadrez da história. É ainda hoje altamente considerado como um escritor e teórico de xadrez, sendo autor da famosa defesa Alekhine
Funções, Ocupações e Actividades:
Jogador de xadrez
Doutor em Direito
Regras e/ou Convenções:
ODA, ponto 14.B20. (3ª versão, 2011)
Data de Criação:
2011-06-17
Notas de Manutenção:
Rev. e enriquecido por Paula Almeida
Registos adjacentes
- Alekhine, Grace Norton Eisler Peeke Freeman Bromley
- Administração do Condomínio do prédio sito na Avenida do Brasil, n.º 113
- Areilza y Martínez Rodas, José María de. 2.º marquês de Santa Rosa del Río
- Alba Delibes de Gil Biedma, Maria Luisa
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