Plano de classificação

Forma Autorizada do Nome:Neves, Orlando LoureiroTipo de Entidade:Pessoa SingularHistória:Orlando Loureiro Neves (Portalegre, 11 de setembro de 1935 — Senhora da Hora, Matosinhos, 24 de janeiro de 2005) foi um escritor, poeta e dramaturgo português. Foi também tradutor, tendo traduzido para português dezenas de obras. Encenou diversas peças de teatro. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (onde foi dispensado do exame de admissão), tendo aí terminado a licenciatura em Direito, em Junho de 1958, com 22 anos de idade. Dos tempos da faculdade de direito encontra-se colaborou na publicação académica Quadrante (1958-1962) publicada pela Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa. Exerceu diversas actividades, quase todas ligadas à cultura: colaborou no Teatro Moderno dos Fenianos, no Porto, foi vice-presidente do Teatro Experimental do Porto e trabalhou no Jornal República como crítico de teatro e de televisão. Em 1971-1972, foi convidado para director literário do Círculo de Leitores, tendo assim de abandonar a redação do jornal "República". Em Julho de 1974 foi despedido do Círculo de Leitores, se justa causa pela administração alemã por ter colaborado e presidido à Assembleia Geral de Trabalhadores que decretara em Maio desse ano, uma greve por motivos salariais. Em julho de 1974, assumiu a direcção literária da Portugália Editora, de onde saiu por divergências com os proprietários da referida editora. Em Fevereiro de 1975 fundou a Cooperativa Editorial Diabril para a qual leva José Gomes Ferreira e de quem são publicadas e reeditadas várias obras. Foi ainda diretor de Relações Públicas e assessor do Teatro São Luiz, na altura em que este era dirigido por Carlos Wallenstein. Como jornalista colaborou nos jornais "A Luta" e "Expresso" com críticas de televisão, teatro e literatura. Trabalhou no jornal de Diário de Notícias também com críticas de rádio e crónicas. Em 1980 foi apresentador do programa cultural semanal "Manta de Retalhos" na RTP1, considerado pela crítica como o melhor programa cultural de televisão feito até então. Foi co-autor da primeira série do programa de rádio "Pão com Manteiga". Em 1984, encenou no Teatro Nacional D. Maria II, a peça de Vicente Sanches "A birra do Morto", que obteve o Prémio Revelação em Encenação pela Associação Portuguesa de Crítica de Teatro. Entre 1985 e 1986, encenou na Fundação Calouste Gulbenkian, no ciclo "Retorno à Tragédia", as peças "À procura da Tragédia" e o "Indesejado" de Jorge de Sena. Em 1992, saiu do Diário de Notícias, dedicando-se em exclusividade à profissão de escritor. Em 1998, foi galardoado com Prémio Literário Cidade de Almada, graças à obra: Torrebriga – Cenas da Vida no Interior, lançada no ano seguinte pela editora Campo das Letras do Porto. Faleceu na cidade do Porto, a 24 de Janeiro de 2005Data de Criação:2011-04-01