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Forma Autorizada do Nome:
Boveri, Margret Antonie
Tipo de Entidade:
Pessoa Singular
Outras Formas do Nome:
Boveri, Margret
História:
Naturalidade: Wurtzburgo (Alemanha). Nacionalidade: alemã
Margret Antonie Boveri, nascida em Wurtzburgo (Alemanha) em 1900, foi uma das mais conhecidas jornalistas e escritoras alemãs do período pós-Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Devido à falta de um programa universitário em Política Externa na Alemanha, Margret estudou Alemão, História, Filosofia e Inglês na Universidade de Würzburg. Em 1932, completaria o seu doutoramento em Berlim (Alemanha) com uma tese sobre Política Externa britânica. Apesar do interesse por política e diplomacia, Boveri dedicar-se-ia ao jornalismo com a ascensão de Adolf Hitler ao poder, em 1933, alegando não querer trabalhar para o regime nazi. Numa época em que se argumentava que as mulheres não podiam cobrir assuntos políticos, Boveri iniciou-se, em 1934, na secção de Relações Internacionais do jornal “Berliner Tageblatt”, onde rapidamente se destacou como especialista em política externa. Curiosamente, começaria, então, a usar uma assinatura de gênero neutro, como Dr. M. Boveri, numa possível alusão ao seu estilo masculino de escrever. Entre 1939 e 1943, período em que o “Berliner Tageblatt” foi proibido, Boveri foi correspondente estrangeira do jornal “Frankfurter Zeitung” em Estocolmo (Suécia) e Nova Iorque (EUA). Viria a ser agraciada com a Medalha de Mérito de Guerra pelo governo nazi, em 1941, apesar de nunca ter pertencido ao Partido Nacional Socialista. Em maio de 1942 chega a Lisboa (Portugal), onde continuaria o seu trabalho como correspondente do “Frankfurter Zeitung.” e onde conheceu a jornalista suíça Annemarie Schwarzenbach. No ano seguinte, assumiu o cargo de redatora de relatórios na Embaixada da Alemanha em Madrid (Espanha) antes de regressar a Berlim em 1944 para trabalhar como redatora freelancer no semanário do Partido Nazi, “Das Reich”. Após a guerra, Boveri desaprovou a divisão da Alemanha pelos Aliados e manteve a sua oposição até a década de 1960. Em 1968 recebeu o Prêmio da Crítica Alemã e em 1970 o “Bundesverdienstkreuz”, a mais alta distinção civil na Alemanha Ocidental, por promover o entendimento entre a Alemanha Oriental e Ocidental. Boveri ficaria, também, conhecida por valorizar a sua identidade de mulher pouco convencional; teve aulas de vôo e conduzia a sua própria viatura, na qual viajava por zonas da Europa que a maior parte das pessoas, não apenas as mulheres, raramente tinham a oportunidade de visitar. Pouco antes de ingressar no "Berliner Tageblatt", em 1933, viajou por Marrocos, Tunísia e Argélia e os relatos dessas viagens constituíram as suas primeiras publicações. Faleceu em Berlim em 1975
Regras e/ou Convenções:
ODA, ponto 14.B22. (3ª versão, 2011)
Data de Criação:
2010-12-13
Notas de Manutenção:
Revisto e enriquecido por Paula Almeida
Registos adjacentes
- Bastos, Alberto Calçada
- Bragança, Mário Lourenço Francisco Machado e
- Bastos, Luís Guilherme Cardim
- Basto, Alexandre Pinto
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