Plano de classificação

António Branquinho da FonsecaData de Produção Inicial:1833Data de Produção Final:1993-07Nível de Descrição:FundoNome do Produtor e História Administrativa/Biográfica:Nome do Produtor: Fonseca, António José Branquinho daHistória Administrativa: António José Branquinho da Fonseca, filho de Clotilde Madeira Branquinho da Fonseca e de José Tomás da Fonseca, nasceu em Mortágua, em 1905-05-04. Ainda que tivesse estudado na escola primária da Parede e no Liceu Passos Manuel, em Lisboa, no ano de 1921 rumaria a Coimbra, para concluir os estudos secundários, Em 1924 fundou, com Afonso Duarte, António de Sousa, Campos de Figueiredo, Vitorino Nemésio e João Gaspar Simões, entre outros, a revista "Tríptico", da qual se editaram nove números. Dois anos mais tarde editou "Poemas", lançando, ainda, em 1927, com José Régio e João Gaspar Simões, a revista "Presença", em que se destacou como codirector e colaborador até 1930, nomeadamente sob o pseudónimo de António Madeira. No ano de 1928 publicou a peça "A posição de guerra", concluindo, em 1930, a licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra. Nesse ano fundou, também, a revista "Sinal", com Miguel Torga, ingressando, em 1931, na função pública, primeiro enquanto Conservador do Registo Predial da Comarca de Coimbra, depois como conservador do Registo Civil em Marvão e na Nazaré e ainda como Chefe de Secretaria da Comissão de Obras da Base Naval de Lisboa. Entretanto publicou "Zonas" (1932), "Mar coalhado" (1932), "Caminhos magnéticos" (1938) e "Teatro" (1939), quase sempre como António Madeira. Em 1942-01-02 foi nomeado Conservador do Museu-Biblioteca Conde de Castro Guimarães, em Cascais, onde desenvolveu durante dezanove anos um meticuloso trabalho em prol da divulgação do livro e da leitura e inaugurou as novas salas de leitura e de arqueologia do Museu, que dotou de Regulamento, Boletim e Guia. Nas suas palavras, «A lista dos livros adquiridos durante o ano de 1942 [...] informa a orientação que se pretende dar a esta biblioteca: não um arquivo dos séculos, mas uma biblioteca viva, um órgão de verdadeira cultura; decerto com o alicerce nas idades passadas, mas voltada para os dias de hoje e de amanhã». Não obstante, o momento mais simbólico da sua atividade ocorreria em 1953, ao conseguir implementar uma biblioteca itinerante, destinada a servir as localidades mais afastadas da vila, projeto pioneiro que foi mais tarde ampliado pela Fundação Calouste Gulbenkian, sob a designação de Bibliotecas Móveis. Paralelamente, a sua atividade literária progrediu, editando algumas das suas obras de maior sucesso: "O barão" (em 1942, ainda sob o pseudónimo de António Madeira), "Rio turvo e outros contos" (1945), a primeira série da antologia "As grandes viagens portuguesas" (1946), "Porta de Minerva" (1947), "Mar santo" (1952) e ainda "Bandeira preta" (1956). Convidado por Azeredo Perdigão para organizar e dirigir o Serviço de Bibliotecas Itinerantes na Fundação Calouste Gulbenkian, expandiu a nível nacional a experiência de Cascais. Neste contexto, em 1960 solicitou a dispensa do lugar de Conservador do Museu-Biblioteca. Entrementes selecionou o primeiro volume de "Contos tradicionais portugueses" (1963), "Poesias" (1964) e ainda a segunda série de "As grandes viagens portuguesas" e o segundo volume de "Contos tradicionais portugueses" (1966). Morreu em Cascais, em 1974-05-16.História Custodial e Arquivística:O fundo foi doado à Câmara Municipal de Cascais pelo Sr. Dr. Tomás Branquinho da Fonseca, filho de António José Branquinho da Fonseca. Em 2012 foi-lhe associada uma carta de José Régio dirigida em 1942-04-25 a Branquinho da Fonseca, comprada a A Nova EcléticaÂmbito e Conteúdo:O fundo é constituído por seis secções: Documentos pessoais; Correspondência; Manuscritos, datiloscritos e provas; Obra impressa; Recortes de imprensa e estudos sobre o autor e a obra; e Biblioteca; e por 21 séries: Fotografias (1916-1966); Vida académica (1927); Vida profissional (1931-1969); Vida literária (1930-1972); Correspondência recebida (1914-1974); Correspondência expedida (1912-1971); Correspondência recebida e expedida relativa ao Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães (1946-1950); Correspondência recebida e expedida por familiares (1933-1993); Poesia (1925-1970); Prosa (1940-1982); Capas e desenhos (1930-1960); Apontamentos (1926-1980); Manuscritos de outros autores (1928); Edições literárias (1931-1986); Edições em antologias (1944-1981); Edições sobre biblioteconomia e museologia (1943-1975); Críticas e correspondência sobre o autor e a obra (1926-1975); Estudos sobre o autor e a obra (1971-1993); Recortes de imprensa sobre bibliotecas (1933-1983); Obras autografadas (1903-1980) e Outras obras (1833-1979)Estatuto Legal:Documentação PrivadaNotas:Cota do fundo: I1. O fundo encontra-se acondicionado em 61 cx.
Os documentos digitalizados no servidor com o nome: Fonseca,Branquinho-ct.5376 a 5480, não se encontram no Arquivo Histórico de Cascais, mas sim na Casa José Régio em Vila do Conde.
Fontes e Bibliografia:Espólio de Branquinho da Fonseca doado à Câmara Municipal de Cascais. In Boca do Inferno: revista de cultura e pensamento. Cascais: Câmara Municipal. ISSN 0873-223X. N. 3 (Out. 1998) p. 83-89António José Branquinho da Fonseca : uma vida (1905-1974). Lisboa : Fundação Calouste Gulbenkian ; Cascais : Câmara Municipal, 2001. 47, [1] p. ISBN 972-637-090-6.HENRIQUES, João Miguel; TRINDADE, Rui - António José Branquinho da Fonseca (1905-1974): exposição comemorativa do seu nascimento. Cascais: Câmara Municipal, 2006. 16 p.HENRIQUES, João Miguel, PACHECO, Cristina - Branquinho da Fonseca: um escritor na biblioteca. Cascais: Câmara Municipal, 2012. 111 p. ISBN 978972-637-247-9.Data(s) da(s) Descrição(ões):2013-06-01Conteúdo Digital:Cópia internaCódigo de Referência:PT/CMCSC-AHMCSC/APSS/ABF