Submit
Pesquisa avançada
Histórico
Lista
Plano de classificação
Voltar aos resultados
Marqueses de Cascais
Data de Produção Inicial:
1386
Data de Produção Final:
1915-03-13
Nível de Descrição:
Fundo
Nome do Produtor e História Administrativa/Biográfica:
Nome do Produtor:
Marqueses de Cascais
História Administrativa:
O título de Marquês de Cascais foi concedido por D. João IV, em 1643-11-19, a D. Álvaro Pires de Castro (c. 1590-1674), 6.º Conde de Monsanto, na sequência da sua embaixada em França, por ocasião da morte de Luís XIII. Não obstante, a concessão do título de Conde de Monsanto a D. Álvaro de Castro (c. 1420-1471) remonta a 1460-05-21, data em que D. Afonso V lhe doou simultaneamente a vila de Cascais, aquando do casamento com D. Isabel da Cunha, filha do senhor de Cascais, D. Afonso - filho de D. Branca da Cunha, neta do Dr. João das Regras - e do Infante D. Luís - neto de D. Pedro I e de D. Inês de Castro. A ligação desta Casa com a da Castanheira parece remontar ao matrimónio de D. Luís de Castro - filho do 3.º Conde de Monsanto, que lhe sucedeu na Casa, d. 1529, sem renovação do título - com D. Violante de Ataíde, filha dos 1.ºs Condes de Castanheira, título criado em 1532-05-01, a favor de D. António de Ataíde, vedor da fazenda de D. João III. A sua irmã, D. Ana de Ataíde, casaria, por sua vez, com D. Vasco Luís da Gama (c. 1530-1578), 3.º Conde da Vidigueira, título que fora atribuído a D. Vasco da Gama, por D. Manuel I, em 1519-12-29. Em 1646-10-18, D. Vasco Luís da Gama (1612-1676), 5.º Conde da Vidigueira, seria, por mercê de D. João IV, agraciado com o título de 1.º Marquês de Nisa. Por falecimento, em 1704, sem herdeiros, de D. Ana de Ataíde e Castro, 7.ª Condessa da Castanheira, sucessora de seu irmão, D. Jorge de Ataíde, 3.º Conde de Castro Daire, a Casa Castanheira-Castro Daire passou a seu primo D. Luís Álvares de Castro Ataíde Noronha e Sousa, 2.º Marquês de Cascais e 7.º Conde de Monsanto. A ligação entre as casas de Monsanto e Nisa parece remontar ao tempo de D. Fernando de Noronha (1667-1722), 9.º Conde de Monsanto, filho dos 2.ºs Marqueses de Cascais, ainda que morresse antes do casamento que ajustara com a sua sobrinha, D. Maria José da Gama, filha herdeira dos 3.ºs Marqueses de Nisa. Esta senhora viria a casar por duas vezes: a primeira com Nunes Teles da Silva, filho dos 3.ºs Marqueses de Alegrete e a segunda com o 5.º Conde de Unhão - título criado, por D. Filipe III em 1636-06-07 - razão pela qual as Casas da Vidigueira (Marqueses de Nisa) e de Unhão se juntariam. Morrendo solteira, em 1762, a 5.ª Marquesa de Cascais, D. Ana José de Castro e Noronha (herdeira de seu tio D. Luís de Castro Noronha Ataíde e Sousa, 4.º Marquês de Cascais e 11.º Conde de Monsanto), entrou na posse das Casas de Cascais e da Castanheira seu primo D. Rodrigo Xavier Teles de Castro da Gama, 6.º Marquês de Nisa e 10.º Conde da Vidigueira (títulos que lhe vinham por via de sua mãe, aliás filha de uma senhora da Casa de Cascais) e 6.º Conde de Unhão em sucessão a seu pai, o 5.º Conde deste título. Estas quatro Casas mantiveram-se unidas até à extinção dos vínculos, em 1861-1863, sendo então administrador delas D. Domingos Xavier Teles da Gama Castro Ataíde Noronha e Sousa, 9.º Marquês de Nisa, 14.º Conde da Vidigueira e 9.º Conde de Unhão. A este último sucedeu seu filho primogénito, D. Tomás Teles da Gama, 15.º Conde da Vidigueira e 10.º Conde de Unhão e representante das Casas de Cascais-Monsanto e de Castanheira-Castro Daire
História Custodial e Arquivística:
Da junção das Casas de Cascais-Monsanto e de Castanheira-Castro Daire resultou um arquivo considerável, que chegou intacto até ao 9.º Marquês de Nisa. Ainda que este titular já devesse ter alienado várias peças de valor do arquivo, seria ao seu filho, D. Tomás, penúltimo Conde da Vidigueira, que se deveria a dispersão de uma parte importante do acervo, vendida à Biblioteca Nacional de Portugal e à Sociedade de Geografia de Lisboa. A Coleção Vidigueira, que a Sociedade de Geografia de Lisboa adquiriu em 1892, compreende 181 espécies originais e 4 códices, que abrangem o período de 1332 a 1800, já estudados, em 1956, pela Dra. Rosalina Silva Cunha, que publicaria, em 1960, o seu inventário no "Boletim Internacional de Bibliografia Luso-Brasileira" (vol. I, p. 65-99). Mais documentos não vendeu o Conde da Vidigueira, porque sua irmã, a Marquesa de Unhão, lhe comprou aqueles que restavam, que ficaram, depois, na posse dos descendentes do outro irmão, D. Manuel Teles da Gama, Conde de Cascais. Em 1981, o Engenheiro D. Miguel de Almeida Corrêa de Sá, neto materno do Conde de Cascais, venderia à Câmara Municipal de Cascais os documentos, que, na altura, se supunha corresponderem à totalidade do núcleo. Porém, já depois de efetuada a transação, entrou na posse de um outro lote, que igualmente seria comprado pelo município, reconstituindo-se, desta forma, a totalidade da documentação que a Marquesa de Unhão adquirira a seu irmão primogénito
Âmbito e Conteúdo:
Para além da documentação diretamente relacionada com os Marqueses de Cascais e Condes de Monsanto, existem subnúcleos relativos a outras casas associadas, como as dos Marqueses de Nisa, Condes da Castanheira, Condes de Unhão e, ainda, a da Família Sousa e Melo. O fundo é relativamente homogéneo ao nível das tipologias, de entre as quais se evidenciam os títulos de propriedade (cartas de arrendamento, aforamento, emprazamento, escrituras de compra e venda e autos de medição e demarcação), relações de rendimentos, tombos, procurações, cartas de privilégio e correspondência diversa. No acervo pertencente aos Condes da Castanheira encontram-se, ainda, documentos de nomeação de juízes e oficiais. Com exceção da documentação dos Condes de Unhão, os restantes subnúcleos revelam-se de particular interesse para a história do Brasil. Recentemente, foi doado pela Fundação D. Luís I, a Escritura do dote no casamento do Marquês de Cascais, D. Luís Tomás Leonardo de Castro Ataíde e Sousa com Joana Perpétua de Bragança. O fundo encontra-se em tratamento, não dispondo de quadro de classificação definitivo.
Estatuto Legal:
Documentação Privada
Notas:
Cota do fundo: F2. O fundo encontra-se, por ora, acondicionado em 81 cx.
Fontes e Bibliografia:
Arquivo da casa dos Condes de Cascais. In Arquivo de Cascais: boletim cultural do município [Em linha]. Cascais: Câmara Municipal. ISSN 0871-7834. N. 3 (1981) p. 105-108. [Consult. 28 jul. 2020]. Disponível na internet:URL: https://biblioteca.cascais.pt/bibliotecadigital/a141/
ALVES, Ivone - A pequena/grande marquesa: Eugénia Maria Josefa Xavier Teles de Castro da Gama Ataíde Noronha da Silveira e Sousa, 7ª marquesa de Nisa, 11ª condessa da Vidigueira e 7ª condessa de Unhão: diário de uma investigação. In Arquivo de Cascais: boletim cultural do município [Em linha]. Cascais: Câmara Municipal. ISSN 0871-7834. N. 12 (1996) p. 7-41. [Consult. 29 jul. 2020]. Disponível na internet:URL: https://biblioteca.cascais.pt/bibliotecadigital/a229/
Data(s) da(s) Descrição(ões):
2013-06-01
Código de Referência:
PT/CMCSC-AHMCSC/AFML/MCS
Registos adjacentes
JJR - José Jorge Ribeiro
LMSL - Luiz Marques e Susan Lowndes
MJLM - Maria José Lacerda e Mello
Adicionar à lista
Imprimir
Registos dependentes
Partilhar
×
×
Histórico de pesquisas
Não foi realizada nenhuma pesquisa.
×
Pedido de digitalização
×
Pedido de reprodução
Requerente
Nome:
Email:
Telefone:
Morada:
Identificação do pedido (preencha pelo menos um dos campos)
Cód. ref. documento:
Obra:
Processo de obra:
Morada da obra:
Assunto:
Enviar
Limpar
Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência de utilização. Ao visitar o nosso site está a aceitar a nossa política de cookies.
Mais informações
✖
×
Entrar
Utilizador:
Introduza o seu nome de utilizador.
Palavra-passe:
Introduza a sua palavra-passe.
O nome de utilizador e/ou a palavra-passe não estão corretos.
Entrar
Reenviar e-mail
×
Aviso